Premier Business Center
Arquitetura
Empresariais
Minas Gerais
Nova Lima
2011 Premier Business Center Nova LIma Área construída: 26.945,68 m² Área do terreno: 6.208,00 m² Alameda Oscar Niemeyer, 119 – Vila da Serra
Fotos: Cadu Rocha & Gustavo Xavier

Os bairros Vila da Serra e Vale do Sereno configuram-se como uma zona de expansão urbana de Belo Horizonte, em área contígua ao valorizado bairro do Belvedere. Plantado na zona sul da capital mineira, o Belvedere é polarizado pelo BH Shopping, o mall mais antigo e tradicional da cidade. A atividade comercial que naturalmente surgiu em torno do shopping esbarrou na escassez de terrenos para este fim, uma vez que a região era, e continua sendo, eminentemente residencial. Logo do outro lado da fronteira do município, entretanto, e já em Nova Lima, a oferta de espaços com função empresarial ampliou a disponibilidade deste uso, especialmente no entorno da Alameda Oscar Niemeyer, mais conhecida como Alameda da Serra.

 

A primeira ocupação pelos empreendimentos pioneiros foi caracterizada por edifícios hospitalares e também por pequenos edifícios comerciais com poucos pavimentos e linguagem indefinida. Neste contexto, o Premier Business Center foi imaginado como um redefinidor de linguagem. Antenados com o potencial da região, os arquitetos, em parceria com os empreendedores cuidaram para que a torre corporativa contribuísse para restabelecer o perfil da Alameda, introduzindo novos conceitos arquitetônicos na vizinhança.

 

Partindo da generosa escala do terreno com área de 6.200,00 m², com mais de 64,00 m de frente para a Alameda, além de 90,00 m de “fundos” para a rua posterior e mais de 100,00 m de profundidade, logo de início ficaram claras as potencialidades do projeto. A torre “marca presença” no contexto urbano da Alameda, enquanto como um todo, o empreendimento oferece funcionalidade e versatilidade como um centro empresarial. A solução foi dividi-lo em dois blocos, em uma área construída total de quase 27.000 m². O bloco voltado para a rua posterior, foi definido como o responsável por abrigar os 5 níveis de garagens afloradas, e no topo, um centro de convenções para 250 pessoas, com salas multiuso e foyer com iluminação natural, jardins, um café, um spa com piscina com raia e vestiários. Graças ao grande aclive na direção da rua posterior do empreendimento, o bloco de garagens fica oculto da vizinhança e assim como a área de eventos, foi agraciado com a possibilidade de acesso independente e livre ao público específico, a partir da Rua da Paisagem. O bloco de apoio complementa seu escopo oferecendo vários serviços empresariais tipo “pay-per-use”, como governança, concierge, lavanderia, dentre muitos outros. No conjunto, a proposta foi oferecer um ambiente corporativo mais humano e com um nível de conforto próximo ao contexto residencial.

 

Com esta opção de implantação, a torre corporativa propriamente dita, embora conectada ao bloco de apoio “aos fundos”, ficou livre para ser desenvolvida da maneira mais adequada ao uso. Uma das vantagens do pavimento tipo, por exemplo, é que a área média de 1.000 m² utiliza um mínimo de circulação horizontal para acesso a 4 grandes salas, com larguíssimas portas com bandeira vertical fixa. A circulação vertical, por sinal, que oferece 6 elevadores sociais e um de serviço, está toda concentrada na fachada oposta à da Alameda, liberando uma ampla área livre na forma de “U” quando se desejam pavimentos corridos. Também na fachada voltada para a Rua da Paisagem e para o poente foram concentrados a maioria dos sanitários e escadas, definindo uma face mais fechada e protegida.

 

Nas demais fachadas, amplas áreas envidraçadas aproveitam as visadas para o entorno, tanto para as montanhas vizinhas quanto para a Alameda em si. A fachada principal movimenta-se através de linhas que formam um “2” invertido, do topo para a base, onde toca o solo através de um pórtico ancorado nos taludes vizinhos. O movimento de quebra se repete a partir da movimentação dos panos de vidro, cujas discretas angulações brincam com os reflexos da vizinhança. Este jogo de recuos entre as superfícies sólidas e em vidro se repete até o solo, onde pilares de seção circular se sucedem criando um porticado convidativo.

 

O Premier Business estabelece uma relação diferenciada com o entorno, em primeiro lugar graças ao seu afastamento frontal amplamente ajardinado na entrada principal de pedestres, na Alameda. Outro diferencial é que estes jardins invadem a projeção da torre, fincada ao solo através de pilotis públicos, como uma referência modernista, e ali se mesclam a um espelho dágua com fontes. O pilotis térreo abre espaço para o porte-cochére e para a portaria de pedestres, protegida e recuada em relação à rua. Uma vez dentro do edifício, a portaria envidraçada dá acesso ao hall de elevadores, mais privativo, mas que tem boa visibilidade dos jardins e também outro, mais público, ao bloco de apoio, através de elevadores exclusivos.

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